dezembro 14, 2010

Imperdivel-Reflexoes modernas do meu chara!(via-twitter@Flavio_Gikovate)





A paixão termina ou quando o medo vence e ocorre a separação; ou quando vence o encantamento e se estabelece a união estável dos que se amam

A paixão não tem um tempo fixo de duração. Ela continuará enquanto persistirem os medos e as dúvidas acerca de se o amado ainda está conosco

A intensidade do amor e do medo são iguais. É triste constatar que o medo predomina e a grande maioria das paixões terminam em separação

Na paixão as afinidades predominam. Como em todo encantamento amoroso, há uma certa idealização do amado e as diferenças são desconsideradas

A paixão corresponde a um elo muito intenso e de ótima qualidade. É um tanto sufocante e ameaça a individualidade; e dá medo da felicidade

Comecei a estudar o amor pela paixão, outro termo usado com inúmeros sentidos! Defino a paixão como amor intenso associado a enorme medo.

Os que gostam do uso impreciso das palavras se valem da confusão para levar vantagem. Um ex: "amo do meu jeito" é usado pelos que não amam!

O amor próprio tem a ver com a auto-estima (valor atribuido a si) e com o orgulho (evitar situações de humilhação). Nada a ver com o amor.




Amor próprio tem mais a ver com orgulho, com o fato de que temos o dever de nos preservar nas situações em que somos humilhados, ofendidos

Amor próprio tem a ver com amor? Aliás, se amor é o sentimento que temos por aquele que nos provoca aconchego, não existe amor por si mesmo.

Sempre me surpreendo com o fato de que cada um usa uma dada palavra dando a ela um sentido peculiar. Amor tem que ser definido com precisão!

Cá entre nós: quem, de fato, se sente inteiro, pleno e completo em si mesmo? Muito pouca gente e para elas o amor não fará muito sentido

Muita gente diz "eu me basto" e isso tem 2 sentidos: pode significar auto-suficiência e isso é bem legal; ou sentir-se completo em si mesmo

O que ajuda a escolher um parceiro legal é ter boa auto-estima, o que não tem a ver com amar a si mesmo e sim com um bom juízo de si mesmo

Acho que a expressão bíblica que trata de amar o próximo com a si mesmo tem a ver com conduta: atribuir aos outros e a nós iguais direitos




Do meu ponto de vista, amor implica uma outra pessoa, alguém muito especial cuja presença nos provoca a adorável sensação de paz e aconchego

Quando ouço alguém falar "eu me amo" tento supor o que passa pela mente deles: será que se abraçam e se sentem aconchegados consigo mesmos?

Algumas pessoas gostam de dizer que para poder amar é preciso mais que tudo ser capaz de amar a si mesmo. Para mim, isso não faz sentido

Quando uma pessoa sonha com um parceiro de um certo tipo e tende a se encantar por outro, o mais sábio é buscar onde está o erro em si mesmo

Toda mudança que se processa muito depressa tem boa chance de ser "estratégica". Ou seja, vai durar o tempo de voltar a seduzir o parceiro

As mudanças estratégicas acontecem apenas com a finalidade de reconquistar o parceiro sentimental perdido por causa de condutas reprováveis

As pessoas mudam com muita dificuldade e só quando elas, de verdade, decidem que será melhor para elas. As mudanças estrategicas não duram.

Quando se quer mesmo ajudar o amado a mudar, o melhor é tentar alterar as características do relacionamento: mudar a forma como o tratamos

As pessoas mudam com muita dificuldade. Nas situações amorosas mudam menos ainda, pois encantaram por serem exatamente do jeito que são.

Muitos dos que amam sem serem correspondidos o fazem na esperança de que o amado, em algum momento, acorde e retribuia o amor que recebe.

Quem não se doa não ama. Quem se dedica e não obtém retorno aceita amar sem ser amado(o amado não se doa, logo não ama). Não é uma boa idéia.

A idéia de que o amor é doação sem pretensão de qualquer tipo de retorno é bela, mas falsa. Além disso, reforça o egoísmo do que recebe!

O altruísmo é dedicação sem pretensão de retorno e os que recebem usualmente são criaturas que não têm convívio íntimo com aquele que doa

A dedicação a causas úteis para sua comunidade pode ser chamada de altruísmo, distinguindo-a da generosidade, que é dedicação a uma pessoa.

A atitude adequada quando alguém se dedica muito e não obtém retorno não é passar a dar cada vez mais. A postura construtiva é parar de dar.

Penso que, de um momento para a frente, o generoso já sabe que sua dedicação acabará por humilhar o que recebe. A generosidade virou maldade.

O generoso espera que sua dedicação crescente um dia será recompensada e ele será admirado. Porém, colherá mesmo é mais hostilidade e inveja

Quando o generoso se dedica cada vez mais e mais pensa que, um dia, finalmente será reconhecido e suas atitudes terão retorno. Qual o que!

As mulheres gostam de pensar que elas são as mais românticas e generosas. Não é verdade. É fato que essas propriedades costumam andar juntas

O individualismo é uma forma de ser moralmente válida. Todo aquele que dá e recebe na mesma medida é um sujeito que age como um justo.

Desde 1979 que digo que o generoso também não é tudo isso: é vaidoso, gosta de se sentir amado e superior, quer dominar através da bondade...

O individualista não é um egoísta; não pretende levar vantagem. Quer cuidar da própria vida: dá pouco e não pretende receber mais que dá.

O egoísta muda com muita dificuldade. Isso, em parte, por força da presença dos mais generosos que reforçam essas posturas oportunistas.

Nos relacionamentos, é fácil saber qual é o mais egoísta: é o que mais reclama, quer sempre mais e o que sempre se considera injustiçado

O generoso,um tanto ingênuo, se sente muito ofendido quando é chamado de egoísta. Por isso, se põe a satisfazer as vontades de quem o acusou

O mais generoso raramente chama uma outra pessoa de egoísta. A acusação de "egoísta" sai fácil mesmo é da boca dos que agem dessa forma.

Certa vez lí numa revista francesa a seguinte definição: "egoísta é aquele que não satisfaz todas as minhas vontades". Faz sentido!










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